Ennio Morricone, o maestro de 91 anos, ganhador de dois Oscars e dezenas de outros prêmios por trilhas sonoras de filme, morreu nesta segunda-feira (6), na Itália. O artista estava internado há alguns dias em uma clínica de Roma, devido a uma queda que sofreu, onde fraturou o fêmur, informou a Agência Reuters.
Giorgio Assuma, advogado e amigo do artista, divulgou nota onde afirma que o maestro italiano morreu “nas primeiras horas de 6 de julho no conforto de sua família”. Ainda segundo o advogado, Ennio Morricone ”permaneceu lúcido e com grande dignidade até o fim” e “se despediu de sua amada esposa Maria [Trava]”.
Trajetória
Ennio Morricone estreou no cinema com a música de “O Fascista” do diretor Luciano Salce, em 1961. De sua amizade com o diretor Sergio Leone, de “O Poderoso Chefão” surgiram composições para o gênero “spaghetti western”, ou “velho oeste espaguete”, forma como são chamados os filmes de velho oeste produzidos na Itália. Esse gênero consagrou o ator Clint Eastwood na década de 1960.
Entre as mais de 500 trilhas sonoras para cinema e televisão em seu currículo, há composições para filmes como “Três Homens em Conflito”, “A Missão”, “Era uma Vez na América”, “Os intocáveis”, “Cinema Paradiso”, entre outros.
Ganhador do Oscar
Morricone recebeu dois prêmio do Oscar em sua carreira, um honorário em 2007, por sua prolífera carreira musical e outro em 2016, pela trilha sonora do filme “Os Oito Odiados”, dirigido por Quentin Tarantino. Segunda a agência Reuters, essa obra só foi possível porque Tarantino deu total liberdade ao Compositor, que queria romper totalmente com o estilo dos filmes ocidentais.
No início de junho, Morricone foi anunciado o vencedor, ao lado do também compositor John Williams, do prêmio Princesa das Astúrias das Artes na Espanha. A entrega do prêmio aconteceria em uma cerimônia, em outubro.
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